quinta-feira, 10 de março de 2011

O espelho de Sheila


Verdade que todos temos nossa inspiração, seja para o modo de se vestir, a forma de agir, ou mesmo o estilo de vida. Emily Hoffman é, com certeza, a referência de estilo para nossa Sheila Burns. Pode ser que por este nome seja difícil identificar esta personalidade que tornou-se muito conhecida por Diana Vreeland. Sim, ela mesmo, o ícone da moda e da elegância internacional, colunista e editora da Vogue e Harper`s Bazaar, duas das mais conceituadas publicações do ramo, e conhecida por sua imensa criatividade e forte temperamento. Antes de ser essa referência na moda era uma simples socialite descendente do primeiro presidente norte-americano, George Washington. Pela falta de beleza física, teve uma infância difícil, passada com a famzeilia em Paris, emigrando com a família para Nova Yorque no início da primiera guera, sendo sempre comparada com sua irmã pela falta de beleza. Todavia, em 1924, casa-se com o banqueiro Thomas Vreeland, mudando mais uma vez, agora por causa da grande depressão, para Londres, onde vive uma vida de luxo, começando também um negócio com lingeries e vivendo ao lado da sociedade inglesa, tendo como amigos celebridades como Cole Porter, Cecil Beaton, Wallis Simpson (a futura Duquesa de Windsor), Gertrude Lawrence, entre outros. Em 1937 volta a Nova Yorque onde inicia sua trajetória no mundo da moda, ao ser contratada como colunista da Harpers Bazaar, onde fica por 25 anos.
Diana revolucionou o jornalismo no campo da moda. Em 1962 assumiu o cargo de editora-chefe da Vogue até 1971. Entre suas inovacões não apenasmostrava as novas tendências do setor mas apurava o senso crítico da profissão e do mercado, transformando a revista na mais importante do mundo na área da moda. Também inovou em seus editoriais em pareceria com o fotógrafo Richard Avedon. Tinha também fama seu temperamento irascível, que provocou a demissznao de uma funcionária devido ao barulho que ela fazia com o salto quando andava, no chão da redação, o que atrapalhava sua concentração. No entanto exigia que suas assistentes utilizassem pulseiras com muitos berloques e e guizos para que ela soubesse quando estavam por perto. Administrava seu reinado de um escritório com paredes vermelhas e almoçava diariamente sanduíche de pasta de amendoim com uma dose de uísque. Dentre suas façanhas está a de tornar beldades mulheres consideradas "estranhas" como Angelica Huston e Barbra Sreisand. Uma de suas frases mais conhecidas é aquela que disse sobre o biquíni, quando de sua criação: "o biquíni foi a invenção mais importante deste século depois da bomba atômica".
Infelizmente, por nunca ter se preocupado com o futuro, morreu na mais absoluta pobreza, quase cega, em 1989, tendo apenas ao seu lado seu grande amigo André-Leon Talley, editor-adjunto da Vogue America. Na moda nem tudo é glamour, mas não se deve esquecer que é o estilo que faz a diferença, e como Diana, Sheila o tem de sobra.....rs.
CEC

sexta-feira, 4 de março de 2011

Jean ou Jinny?


Jean Shrimpton, quem se lembra dela???? Provavelmente, ou melhor, com certeza pessoas que estavam sempre na moda nos anos 60. Ela era o símbolo das "chelsea girls", as garotas que era o exemplo do bem vestir naquela época e que estavam em Londres. Ela era considerada ícone de beleza da "Swinging London", e também a primeira supermodelo do mundo, tendo sido capa de revistas como Vogue, Elle, Harper`s Bazaar e Ladies Home Journal. Começou sua carreira em 1960 quando se formou com 17 anos numa escola de modelos. Em 1967 foi eleita pela Vogue "a modelo que mudou o rosto da moda", e por sua silhueta alta era conhecida estranhamente por "the shrimp" (o camarão), pois também era muito magra, tinha pescoço comprido e pernas longas. Fez muito sucesso no mundo todo, em especial nos Estados Unidos que a considerou "o rosto mais bonito do mundo", tendo sido capa também de revistas como Newsweek, Time, e LIFE, entre outras.
A modelo foi a inspiração para Michelangelo Antonioni criar a personagem feminina de seu filme "Blow-up", tendo formado um famoso casal com o ator inglês Terence Stamp. Jean foi a responsável pelo lançamento e popularização da minissaia, e que fez com que a editora de moda da Vogue americana, Diana Vreeland a colocasse na capa da revista 19 vezes, após sua chegada a Nova Yorque em 1963.Em 1965, numa visita de duas semanas a Austrália escandalizou a sociedade ao posar com um vestido branco um palmo acima do joelho, recebendo a soma de 2.000 libras, muito mais que os Beatles receberam naquele ano por uma série de concertos. Pois é, nossa Jinny é uma das "chelsea girls", tinha em quem se inspirar além de Brigitte Bardot.
C.E.C.