Subir ao palco, representar uma personagem e receber os aplausos é o lado glamouroso da profissão. Ir às ruas para buscar patrocínio e elaborar projetos para editais de incentivo à cultura para viabilizar sua produção.
A essência do ator é - encontrar um Deus dentro de si.
“ser ator é conviver com o mundo
estando fora dele
observar o tempo passar
fingindo o triste esquecimento
ser ator é abraçar o mundo
quando não se tem fé no alheio sentimento
(ainda por ternura, ainda por amor)
ser ator é decorar o texto sem sentido
roto e repetido
o texto que não fala ao coração
o texto que não consola
o texto de um autor
há muito fora de moda
ser ator é subir ao procênio sem platéia
sem riso e sem aplauso
encenando a loucura do próprio gênio
(por si, para si)
ser ator é desejar todas as almas do mundo
com suas máscaras
e dramas e comédias
e posição em cena
por desejo de tornar-se
sem jamais realmente poder vir a ser
ser ator é conviver com fantasmas
que lhe contam coisas ao longo dos atos da vida
sempre anotando tudo
sempre aclarando a memória
que acaba por se tornar outra coisa
ser ator é,
ouvir,
para não esquecer
para representar
no imaginário e fantasia
aquilo que não poderia ser a realidade
(mas é)
ser ator é ver a cortina se encerrar
para no palco se sentar
e indefinidamente aguardar
o verdadeiro espetáculo
da vida
que a de começar
que a de começar
que a de começar!”
(Bêbado e louco, como poucos!)
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário